A Agência Reguladora ARES-PCJ indicou à Sanasa a possibilidade de reajustar a tarifa de água e esgoto em 15,92%, a partir de fevereiro do ano que vem. A empresa, que ainda não vai se posicionar sobre o reajuste, está há quase dois anos sem alterar o valor das tarifas devido à pandemia da covid-19. O índice sugerido pela Ares-PCJ é inferior aos 16,22% da inflação medida pelo IPCA, entre setembro de 2019 e novembro deste ano.
Se a Sanasa decidir aplicar a correção, serão afetadas 523 mil ligações residenciais, comerciais e industriais de Campinas.
Para chegar a esse índice, a ARES-PCJ avaliou os custos da empresa no último ano. De acordo com o relatório, a Sanasa teve um reajuste de 41,37% de energia elétrica. O gasto com combustíveis teve alta de 56,68%. Já os produtos da empresa e os químicos para tratamento subiram 20,57%, desde o último reajuste praticado em fevereiro de 2020.
A empresa está com um refis – programa de renegociação de débitos com os consumidores. Ela tem a receber cerca de R$ 148,1 milhõse. Foram feitos 4,5 mil acordos que devem trazer para os cofres da empresa cerca de R$ 11,5 milhões que serão pagos em 60 meses.
Numa entrevista ao Programa Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes, o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães, explicou que a empresa foi afetada pela pandemia devido ao fechamento do comércio. Houve uma queda na receita.
E foi justamente neste período que a empresa deu isenção do pagamento da conta de água para os clientes que consumiam até 10 m³, aqueles que estão dentro do grupo chamado de “tarifa social”. Cerca de 80 mil pessoas têm sido beneficiadas, gerando um custo de cerca de R$ 6 milhões ao ano.
Outras cidades
A ARES-PCJ já autorizou reajustes nas cidades de Valinhos (17,2%), Jundiái (18,12%), Pedreira (15,35%) e Rio Claro (14,8%).
Eu gostaria que o meu salário tivesse a mesma correção que foi autorizada para essa empresa sanguessuga da SANASA. Isso é uma autorização para a SANASA nos roubar ainda mais. UMA VERGONHA!