A Prefeitura de Campinas lançou nesta sexta-feira (24/06) um selo para produtos de origem animal com objetivo de reduzir a clandestinidade entre os pequenos comerciantes de produtos como carne, pescado, ovo, leite e produtos de abelhas. Outro objetivo é dar segurança para o consumidor em relação à saúde. Cerca de 300 produtores poderão ser beneficiados com a certificação. O novo selo vai dispensar a necessidade de se ter autorização do estado e da federação para o mesmo produto.
O governo Dário Saadi (Republicanos) avalia que os estabelecimentos que estiverem regularizados vão gerar mais empregos e aumentar as vendas. O selo vai permitir que empresas que exigem a certificação da Secretaria de Saúde possam comprar os produtos dos pequenos produtores rurais.
“Com essa mudança, o consumidor terá segurança e os produtores erão a oportunidade de sair da clandestinidade”, disse Andrea Von Zuben, diretora da Devisa (Departamento de Vigilância Sanitária.
Durante a apresentação do selo, Andrea mostrou fotos de fiscalizações em que a Devisa flagrou alimentos armazenados de forma inadequada e outros problemas sérios ligados à manipulação de alimentos. “As pessoas entendiam que por ser feito por um pequeno produtor, o produto é ótimo. E muitas vezes não é. Vamos começar de uma forma totalmente pedagógica e nada punitiva. Queremos ter um produto seguro, que tenha o selo, e que melhore a sua renda para entrar num supermercado e melhorar a sua renda”, disse Andrea.
Para ter o selo o comércio tem de ser regularizado junto ao SIM-POA (Serviço de Inspeção Municipal de Origem Animal). Devem solicitar o registro os estabelecimentos que manipulam, beneficiam, industrializam, fracionam, embalam, rotulam e evasam produtos de origem animal e abatem as diferentes espécies de açougue, de caça, anfíbios e répteis.
O pedido e o envio de documentos serão feitos de forma virtual pelo SEI (Sistema Eletrônico de Informações). O início se dará imediatamente após a apresentação da documentação. A partir desta segunda-feira (27/06), os
“A Prefeitura teve a sensibilidade de ao mesmo tempo em que enfrentava a pandemia, foi pensar outros projetos como esse selo. O mais importante é tirar as pessoas da clandestinidade e dar a eles um selo de reconhecimento do produto”, disse o secretário de Saúde, Lair Zambon.
O representante do Sindicato Rural, Francisco Nogueira, disse que eles pediram a criação de um selo para os produtores rurais. “Campinas tem hoje 50% de sua área com a presença de pequenos produtos rurais. Alguns produtores que trabalhavam com porco tiveram de fechar porque não tinham um selo para vender os seus produtos. Têm casos de municípios vizinhos nossos que têm produtores de queijo que hoje exportam os seus produtos. Agora, com esse selo da vigilância, vai abrir melhorar a vida do produtor rural”, disse ele.
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