
Com um déficit de 221 policiais em Campinas, viaturas sucateadas, salários baixos e falta de coletes à prova de balas foram alguns dos problemas apontados durante a reunião desta terça-feira (28/05), no Conselho Municipal de Segurança Pública.
Segundo a presidente do Sindipesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), Raquel Gallinati, os policiais trabalham sem infraestrutura para executar suas tarefas diárias.
“Nós temos fartura de problemas aqui no município. Além dos policiais que acabam sendo prejudicados com jornadas de trabalho extenuantes, a população também sofre, demorando horas para conseguir registar um BO, por exemplo. Nós recebemos, por vezes, oito flagrantes por noite. Se o primeiro chega às 19h30, o segundo, só conseguimos atender lá para às 22 horas”, relata um dos delegados da cidade.
“A situação em que a Polícia Civil de Campinas se encontra é de penúria”, diz Raquel.
A promotora Cristiane Corrêa de Souza Hillal, que participou da reunião, falou sobre a ação civil pública protocolada no ano passado que tem por objetivo melhorar e qualificar o serviço de segurança. Ela diz que o déficit de policiais além de promover a sobrecarga de trabalha – que traz estresse e afastamento – também prejudica o trabalho prestado à população.
Cristiane Hillal pede ao Estado que contrate 50 escrivães, 91 investigadores, 30 policiais, quatro carcereiros, 12 agentes de telecomunicação, três auxiliares de papiloscopia e um papiloscopista.
A assessoria da Secretaria de Segurança ainda não respondeu à demanda pedida pela Band Campinas.
Fotos: Mariana Oliveira
A polícia está sucateada, mas esse japa não. Muito gata.