A direção do Hospital Metropolitano repudiou a intervenção feita na manhã desta terça-feira (02/03) pela Prefeitura de Campinas que, por meio de um decreto, assumiu o controle da unidade hospital para ofertar mais leitos para pacientes com coronavírus. A unidade estava fechada e pediu recuperação judicial no ano passado. A dívida trabalhista é de R$ 15 milhões e de locação é de R$ 1.044.349,50.
Os gestores da unidade hospitalar, que está fechada, classificaram a medida como ” invasão e vandalismo”. Disseram que não foram comunicados com antecedência pela prefeitura sobre a intervenção.
De acordo com a nota, o Metropolitano, que foi assumido pelo Hospital Wakanda Campinas, estava passando por reparos na rede de oxigênio para ser reaberto na primeira quinzena deste mês para atender, exclusivamente, pacientes com covid-19.
“A medida, com respaldo do prefeito Dario Saadi, fere o direito à propriedade privada e gera transtornos ainda maiores à população de Campinas (…) Vale ressaltar que existem projetos de lei atuais que tramitam na Câmara dos Deputados que tipificam como crime a conduta do atual prefeito, incitando a invasão ou permanência “astuciosa ou clandestina” em hospitais, sobretudo em meio à pandemia, com possibilidade de pena e detenção de três a seis meses de reclusão”, diz a nota da instituição hospitalar.
Ato político
A direção do hospital disse que ” A invasão feita com resença de agentes da guarda municipal, muitos, inclusive, sem máscara de proteção, é um ato político e não social e atrasa a abertura do local em pelo menos mais uma semana, dada a necessidade de reparos para ação de vandalismo promovida”.