No mesmo dia em que o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB/SP), anunciou várias alterações no projeto de lei, entre elas, a retirada de Estados e municípios da proposta que tramita na Câmara Federal, o presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), disse nesta quinta-feira (13/06) que trabalha para que a proposta volte a contemplar os Estados e municípios.
Ele disse que conversou ontem tanto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ) e Moreira. “O Rodrigo Maia disse que existe um espaço até o dia 26 para incluir os Estados e municípios. Ele acredita que se os governadores tiverem uma postura diferente há muita possibilidade de incluir os estados e municípios”, disse o prefeito, referindo-se à queda de braço entre deputados e governadores sobre o assunto.
Os deputados se irritaram com alguns governadores que têm assumido duas posturas em relação à reforma da Previdência. Em Brasília, eles apoiam as alterações, mas em suas bases eleitorais batem contra. “Os deputados se sentem manipulados”, disse Jonas.
Diante desta realidade dos Estados, o presidente da FNP disse que há um movimento para a inclusão apenas dos municípios. “Mas como eu comecei essa jornada com o governador Doria (João, de São Paulo) eu estou solidário a ele. Acho importante incluir os dois”, ressaltou Jonas Donizette (PSB).
O déficit na Previdência de Estados e municípios é da ordem de R$ 96 bilhões por ano.
Pressão política
Há ainda um outro componente que está sendo levado em conta pelos prefeitos e governadores. A aprovação de reformas da Previdência nos estados e municípios levará os chefes dos Executivos a travarem uma queda de braço muito grande com os servidores. E se essas mudanças fossem resolvidas em Brasília, a pressão política será zero.
Mudanças
Além da retirada de Estados e municípios da reforma da Previdência, o relator também anunciou nesta quinta-feira (13/06) a exclusão de mudanças na aposentadoria rural e no benefício assistencial a idosos e flexibilização de regras para mulheres. Neste caso, o texto vai manter a exigência atual do tempo mínimo de 15 anos de contribuição, além da redução da idade mínima para professoras para 57 anos.
Quem está sendo investigado não tem moral para tomar uma iniciativa desta
Você tem razão mas, se me permite, uma correção.
O radialista já foi condenado em segunda instância a perda do mandato.
Bem lembrado