Os vereadores de Campinas votam nesta segunda-feira projeto de lei que tem o objetivo de proteger abelhas silvestres nativas e sem ferrão, as chamadas de meliponíneos. Segundo os autores da proposta, os vereadores Ailton da Farmácia (PSD) e Luiz Rossini (PV), as abelhas são polinizadoras naturais das plantas, consideradas essenciais à sustentabilidade do meio ambiente.
O projeto incentiva o resgate de colmeias que estejam em locais de risco pelos produtores oficiais ou pessoa capacitada por órgãos ambientais e coloca a Prefeitura de Campinas como agente de preservação. Isso porque, segundo os autores, muitas pessoas – por desconhecimento – exterminam colmeias, o que tem levado à diminuição de diversas espécies polinizadoras.
“Quando uma pessoa vê um enxame, a primeira atitude é colocar fogo. Isso não é correto. As abelhas precisam ser removidas, resgatadas e recuperadas. Abelhas sobrevivem há anos aos efeitos da natureza. Porém, a ação do homem é devastadora”, diz Ailton da Farmácia.
Já Rossini destaca que Campinas pode ser um diferencial na questão ambiental e ter papel fundamental para propagar ações educativas de proteção às abelhas. “Com o projeto, estamos envolvendo o Poder Público na educação ambiental. Estamos lançando a semente de uma série de ações, como transformar Campinas na primeira ‘Cidade Amiga das Abelhas’. Vamos despertar a nossa consciência e atenção para a garantia de biodiversidade e produção de alimentos”, frisa, por meio da assessoria de imprensa.
O uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras é outro problema. De acordo com os vereadores, a ação humana e a forma como o homem está usando a agricultura têm causado impactos severos na reprodução das abelhas. Os vereadores argumentaram que as abelhas surgiram há cerca de 125 milhões de anos; são 20 mil espécies no mundo, sendo 420 que vivem em comunidade. Destas, 300 espécies estão no Brasil.
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