A onda de desabastecimento da rede municipal de saúde de Campinas que tem inviabilizado procedimentos básicos, como exames de urina, fezes ou de alergias por falta de insumos e materiais, atingiu em cheio os exames de ultrassom, considerado um dos mais importantes instrumentos para acompanhamento de saúde da futura mamãe e do bebê.
A Secretaria de Saúde informou ontem que só está fornecendo esse tipo de exame para os casos de urgência, como gestantes e pessoas com suspeita de doenças.
De acordo com a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maria Haydée de Lima, porém, dezenas de mulheres passaram a gestação inteira em Campinas sem que o exame tivesse sido realizado, num quadro inédito no sistema desde quando o exame foi introduzido na rede, há 30 anos.
“Nunca tivemos uma interrupção tão grande desse tipo de serviço”, disse ela. Especialistas indicam que o ultrassom deve ser realizado a cada três meses de gestação.
Haydée critica a aplicação do exame só para os casos específicos.
“O exame não é feito só para que se saiba o sexo do bebê. É feito justamente para antecipar o diagnóstico de alguma doença”, argumenta.
Em nota a secretária de Saúde informou que está em andamento a licitação para o fornecimento do exame para os casos de rotina.
Diz que a sessão pública da licitação foi realizada ontem e que a expectativa é que os exames “passem a ser disponibilizados em breve”.
Protesto
Maria Haydée disse ontem que o Conselho e diversas entidades ligadas à saúde e sindicatos, estão planejando uma manifestação em favor do SUS (Sistema Único de Saúde) e pela saúde na cidade. Ela conta que a manifestação será realizada no Largo do Rosário, dia 29. No final, será levado um documento ao prefeito Jonas Donizette (PSB). “A situação da saúde hoje em Campinas, é de colapso”, avalia ela.
Postos não têm material para medir glicemia
Há pelo menos três meses, Maria Conceição de Lima Santos está sendo obrigada a comprar um equipamento para medir a glicemia do marido – as chamadas lancetas – porque a rede municipal de saúde de Campinas não está disponibilizando o material.
As lancetas são fundamentais para pacientes diabéticos, já que fazem a medição correta do nível de glicemia no organismo e definem as doses de insulina a serem administradas.
Conceição conta que o marido precisa de três doses diárias e ela só está conseguindo na rede comercial de farmácias ou ela mesma está aplicando, com base na experiência. “Mas isso não é o ideal, né?”, avalia
Vereadores
Os problemas da rede básica de saúde têm preocupado os vereadores da base de governo na Câmara.
O vereador Jorge da Farmácia (PSDB) protocolou requerimento pedindo informações à prefeitura sobre a falta da lanceta. Outros quatro parlamentares – Rodrigo da Farmadic (PP), Permínio Monteiro (PV), Rubens Gás (PSC) e Zé Carlos Silva (PSB), estiveram ontem com o secretário de Saúde, Carmino de Souza para saber as razões do desabastecimento.
Rodrigo disse o grupo vai vistoria os postos a partir da semana que vem.
Texto: Tote Nunes
Pelo menos duas ultrassonografias por gestação, é o mínimo. E as mulheres com miomas? E as pedras na vesícula e cálculo renal? E os ultrassons de próstata? Ultrassom para identificar tumor na tireoide? Gentiiii, as pessoas vão morrer sem diagnóstico! Que grave.
Coisa antiga essa matéria, o vereador Nelson Ossri já fez esses pedidos, ele até acompanhou minha Tia Marilza no Ouro Verde e no postinho.
E com todo esse CAOS na Saúde, denúncia contra secretários e falta de $$$ para pagar salário dos servidores (30ago / 30 set / 30 out etc etc…..), o Prefeito tem a coragem de ficar na rádio educativa de manhã, falando de caravela, de casa da criança e de banheiro padrão shopping na lagoa do taquaral ????
É o fim do mundo.
Quem mandou eleger Jonas Donizete já no primeiro turno?
Aguentem.
Concordo e esse e so o comeco ate o fim do mandato tem muita coisa pra vir a tona principalmente na Saude esta tudo de baixo do tapete e so ter coragem de levantar.Parabens amigas do radio!
Campineiros atencao tem problema na SAUDE denuncie na Ouvidoria da PMC ou no 156 nao adianta querer brigar com funcionario.